domingo, janeiro 21, 2007






Abrolhos - paraíso dos mergulhos e das baleias
Por Jaqueline B. Ramos *
Ao lado de Fernando de Noronha, o Arquipélago de Abrolhos (ou dos Abrolhos) compõe a dupla dos Parques Nacionais Marinhos (PARNAM) brasileiros. Isso significa que quatro das cinco ilhas do arquipélago — a quinta pertence à Marinha do Brasil — localizado no extremo sul do estado da Bahia bga cerca de 70 quilômetros (35 milhas) da costa consistem em uma unidade de conservação. Em outras palavras, o conjunto de ambiente insular e marinho é uma área protegida por lei com o objetivo de preservar recursos naturais e culturais e ainda proporcionar oportunidades para visitação pública, lazer, pesquisa e educação ambiental.

E muitos são os recursos naturais que merecem ser estudados, preservados e até visitados (com muita cautela e respeito) neste arquipélago tão singular, considerado o segundo melhor ponto mergulho no Brasil (atrás apenas da “irmã” Noronha). Abrolhos é formado por quatro ilhas – Siriba, Guarita, Redonda e Sueste - dispostas em arco provavelmente por serem restos da borda de uma cratera vulcânica. Também fazem parte do parque dois grandes blocos de recifes de corais: o Parcel dos Abrolhos, a leste do arquipélago, e o Recife dos Timbebas, a oeste, na direção do continente. (...)
(...) Turista atento

A observação das baleias jubarte é regida pela portaria do Ibama nº 24, de 8 de fevereiro de 2002, que substitui a primeira norma brasileira de avistagem de cetáceos, datada de 1996. Entre outras questões a portaria define que é proibido aproximar-se de qualquer espécie de baleia com o motor da embarcação engrenado a menos de 100 metros de distância do animal. As regras de avistagem bem como as de visitação em um parque nacional são importantes para o monitoramento do turismo como atividade sustentável, que agrega valor econômico com conservação. Ou seja, o ecoturismo.

A responsabilidade pelo monitoramento do turismo no Parque de Abrolhos é do Ibama, mas cabe ao ecoturista consciente manter seu alerta de atenção e perigo sempre ligado. Apesar de existir um controle das embarcações que vão até o arquipélago levando visitantes todos os dias, o número de pessoas desembarcando para mergulhar e/ou para fazer a trilha na ilha da Siriba parece ser maior do que idealmente o paraíso ecológico deveria suportar.

Respeito aos animais, não forçando uma aproximação ou os seguindo durante um mergulho, não tocar nos recifes de corais e tomar todo o cuidado possível e imaginável para não deixar cair lixo no mar ou na ilha são alguns dos cuidados que dependem exclusivamente dos turistas – uma vez que os poucos guardas-parque do Ibama em Abrolhos não acompanham todo o tempo os visitantes. E também infelizmente não propiciam todas as informações necessárias para uma visita sustentável.
Leia a matéria completa aqui.
* Matéria publicada na revista do Instituto Ecológico Aqualung - n. 70 - nov/dez 2006
** Fotos : whalewatching em Abrolhos - Fábio Souza

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