Por Jaqueline B. Ramos*
Depois de dois anos de estudos e pesquisas, a União para a Conservação Mundial (em inglês IUCN – The World Conservation Union) divulgou em maio a nova lista vermelha internacional, documento oficial de listagem das espécies de animais e plantas que se encontram em perigo de extinção em todo o mundo. E infelizmente as novidades não são muito boas. Das cerca de 40 mil espécies estudadas de 2004 a 2006, concluiu-se que aproximadamente 40% correm algum tipo de risco. Em números absolutos isso significa que 16.119 animais e plantas se encontram, em diferentes escalas, ameaçadas de extinção, o que representa um aumento de 530 espécies desde o último levantamento.
"A Lista Vermelha mostra uma tendência clara: a perda da biodiversidade está aumentando, não desacelerando. As implicações disso para a produtividade e resistência dos ecossistemas e para a vida e sustento de bilhões de pessoas que dependem deles vão longe", afirmou Achim Steiner, diretor-geral da IUCN, na época da divulgação do estudo. “Reverter esta tendência é possível, conforme vários projetos de conservação já provaram. Mas para o sucesso em escala global precisamos de alianças e parcerias de vários setores da sociedade. A biodiversidade não poderá ser salva apenas por ambientalistas”, completou Steiner.
Ilustrando o diagnóstico da biodiversidade mundial em números, a lista mostra que o total de espécies consideradas extintas chega a 784 e as extintas na natureza, que somente são encontradas em cativeiro, somam 65. Os quantitativos divulgados pela IUCN podem parecer pequenos diante da grandeza da diversidade biológica mundial estimada pelos cientistas. Acredita-se que existam em todo o planeta cerca de 15 milhões de espécies. Destas, apenas 1,8 milhões são estudadas e analisadas pelo homem. E o estudo da IUCN é o demonstrativo da radiografia de menos de 3% destas espécies conhecidas.
Leia a matéria completa aqui.
*Matéria publicada no informativo do Instituto Ecológico Aqualung n. 69 (setembr/outubro 2006)
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